A história de Santarém remonta a um grande processo de imigrações que deixou diversas heranças culturais que,
unidas, formam a identidade do município e do povo santareno.
A cidade foi fundada no dia 22 de junho de 1661 pelo padre português João Felipe Bettendorf durante missões
jesuítas na região. Nesta data ainda não havia o formato de cidade nem o nome que conhecemos hoje, mas o dia em
que o padre instalou a missão na aldeia dos Tapajós foi o que deu início a formação do município em que vivemos.
No dia 14 de março de 1758, o local foi elevado à categoria de vila pelo governador da Província Grão Pará,
capitão-geral Francisco Xavier de Mendonça Furtado, recebendo o nome de Santarém. Em viagem ao Rio Tapajós, ele
instalou as vilas de Alter do Chão, onde era a aldeia dos Boraris; Boim, onde era aldeia dos Tupinambás; Vila
Franca, onde era aldeia dos Arapiuns e Cumarús; e Pinhel, onde era Aldeia dos Matapuz.
Vários eventos políticos ocorreram desde então. Construção de fortalezas; movimentos rebeldes contra a dominação
portuguesa, como foi o caso da Cabanagem em Santarém, de 1833 a 1840; imigrações em busca de novos horizontes
durante o Ciclo Econômico da Borracha, etc.
E em 24 de outubro de 1848, Santarém finalmente foi elevada à categoria de cidade pelo presidente da Província,
Jerônimo Francisco Coelho. Uma cidade que reúne até hoje os descendentes indígenas, portugueses, estadunidenses
e nordestinos, que com muito trabalho promovem o crescimento da nossa sociedade.
Santarém é o principal centro urbano financeiro, comercial e cultural do oeste do estado do Pará. A cidade é uma
das mais antigas da região amazônica e se constituiu como uma das mais importantes também.
Cidade do interior com características de cidade grande, é a sede da Região Metropolitana de Santarém, o segundo
maior aglomerado urbano do Pará. E seus números comprovam essa grandeza.
Em 2019, sua população foi estimada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 304.589
habitantes, sendo então o 3° município paraense mais populoso, o 8° mais populoso da Região Norte e o 91º mais
populoso município do Brasil. Ocupa uma área de 22 887,080 km², sendo que 97 km² estão em perímetro urbano.
Por causa das águas cristalinas do Rio Tapajós, conta com mais de 100 quilômetros de praias que mais se parecem
com o mar. É o caso de Alter do Chão, conhecida como “Caribe Brasileiro” e escolhida pelo jornal inglês The
Guardian como uma das praias mais bonitas do Brasil e a praia de água doce mais bonita do mundo, palco de uma
das maiores manifestações folclóricas da região, o Çairé, que atrai turistas do mundo todo. Segundo dados de
2017, ostenta um Produto Interno Bruto (PIB) de R$ 4,8 bilhões, sendo o 6° município com maior PIB do estado.
O transporte aéreo é realizado através de voos diários por aeronaves de diferentes dimensões. Aeronaves a jato
de grande porte levam aproximadamente uma hora de viagem até as cidades de Belém e Manaus, se estendendo, a
partir das mesmas, para outras regiões do país (nordeste, centro-oeste, sul, sudeste) e exterior.
Por via terrestre o acesso até a Capital do Estado é possível através da BR-163 (Rodovia Federal
Santarém-Cuiabá), ligando Santarém ao município de Rurópolis, com 229 km de estrada, cruzando a partir daí a
BR-230 (Rodovia Transamazônica), percorrendo 90 km até o município de Placas, passando por diversos municípios
(Uruará, Medicilândia, Brasil Novo, Altamira, Belo Monte, Anapu, Pacajá, Novo Repartimento) até chegar em
Tucuruí via BR-422, em seguida percorre os municípios de Breu Branco, Goianésia, Tailândia, Moju, Abaetetuba,
Barcarena, Ananindeua, para finalmente alcançar a BR-316, e a cidade de Belém, através de linhas regulares de
ônibus.
A modalidade hidroviária é o mais importante meio de locomoção de passageiros e transporte de cargas devido à
existência dos vários rios que formam a rede hidrográfica (Amazonas, Tapajós, Arapiuns, Curuá-Una, Moju e Mojuí)
e desempenha importante papel na economia local. Embarcações de médio porte fazem a navegação fluvial para as
cidades de Belém (Pará), Manaus e Macapá. As embarcações de grande porte fazem a navegação de longo curso. De
Santarém para a capital do Estado, via fluvial, são 880 quilômetros de distância e para Manaus são 756
quilômetros.
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